Pedagogia Sistêmica: o que dá e o que tira a força
Desde que leciono, há três anos, foi a primeira turma em que me deparei com uma aluna cuja mãe faleceu. Observei em todas as outras crianças um sentimento de pena para com essa menina. Senti então a necessidade de trabalhar o tema: Morte. Expliquei aos alunos que somos ligados aos nossos pais por um fio invisível que ultrapassa a morte e, mesmo que um dia nossos pais, morram eles continuam atuando em nós. Levei algumas cartas escritas pelos alunos de Marianne Franke. Assim que anunciei que leria uma carta de uma aluna que perdera a mãe, todos ressoaram:
– Coitadinha!
-Por que vocês alimentam esse sentimento de pena? A mãe dela continua lhe dando força. Me respondam como vocês acham que a mãe dela, se estivesse viva, gostaria de vê-la? Triste, se achando coitadinha ou feliz e conquistando seus sonhos?
– Feliz e realizando seus sonhos, né professora!?!
– Então é isso que deve ser feito! A filha deve honrar a morte de sua mãe sendo muito Feliz!
A partir desse dia, a aluna que perdera a mãe passou a participar das aulas (ela mal falava) e suas notas são máximas em TODAS as provas!!
Gratidão Hellen Vieira da Fonseca, Bert Hellinger, Marianne Franke por me fazer instrumento do ensinar com o Coração.
Edna S. L. Silva, 2017.
Bibliografia:
FRANKE-GRICKSCH, Marianne. Você é um de nós. Patos de Minas, 2006.